O ex-governador de São Paulo, José Serra, palestrou no Tá na Mesa da Federasul, nesta quarta-feira (09). A apresentação do tucano foi prestigiada pelo líder do PSDB na Assembleia Legislativa, deputado Lucas Redecker, além da ex-governadora Yeda Crusius, deputados do PSDB, prefeito José Fortunatti, entre outros.

Durante a coletiva de imprensa, Serra foi questionado sobre a adesão da ex-senadora Marina Silva ao PSB e suas consequências para a corrida presidencial, ao que o tucano respondeu: “Se alguém acha, neste momento, que sabe o que vai acontecer no ano que vem, é sinal de que não sabe nada, está por fora, porque as coisa estão indefinidas.” Com relação as próximas eleições, Serra disse que o PSDB só irá definir seu futuro em março do ano que vem.

Serra afirmou que o próximo presidente da República terá de enfrentar, pelos menos, 10 grandes problemas: inflação, gargalos logísticos, crise na saúde, desequilíbrio externo e falta de uma política de comércio exterior que fazem parte, conforme o economista, da “herança do decênio petista”.

O tucano, que reclamou da “balcanização” do Estado, “apropriado por um partido e seus sócios”, destacou que o Rio Grande do Sul é vítima da falta de planejamento. Ao responder o que seria diferente, caso fosse presidente, Serra declarou que o RS, onde derrotou Dilma, seria beneficiado com importantes obras. “Aqui tem, pelo menos, quatro grandes obras vitais para o desenvolvimento do Estado: o sistema hidroviário, o sistema de metrô em Porto Alegre e de trens no interior e a ponte sobre o Rio Guaíba, que ficou só no anúncio”, disse.

Ele também criticou a falta de preparação do governo, que segue fazendo “experimentos”, mesmo tantos anos no poder. “O Brasil virou curso de graduação e pós-graduação. O sujeito ganha a eleição e vai lá aprender como se governa”, alfinetou.

Ao falar sobre a oposição, Serra reconheceu que não é fácil ser oposição no Brasil, que é minoria no Congresso Nacional. Na saúde lembrou que o Programa Mais Médicos é uma cortina de fumaça e na educação disse que “o Brasil está perdendo o bonde da história embora tenha aumentando os gastos neste sentido”.