Lucas Redecker presidiu a reunião que debateu a implantação da Instrução Normativa 51

A Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo realizou audiência pública na manhã desta quinta-feira (25) para discutir a Instrução Normativa nº 51, do Ministério da Agricultura, que regulamenta os novos parâmetros de qualidade para produção do leite nacional. A audiência foi presidida pelo deputado estadual Lucas Redecker. 

Segundo o superintendente do Ministério da Agricultura no RS, Francisco Signor, a norma disciplina a produção, a sanidade, a qualidade, higiene, transporte, conservação e o consumo de lacticínios. Ele informou que 60% dos produtores gaúchos já se enquadraram aos novos parâmetros da normativa, e agora estudam-se meios de incentivar que os 40% restantes possam regularizar sua situação, e assim não percam mercados e passem a aumentar sua renda. 

Todos os produtores e entidades presentes cobraram um maior apoio por parte dos governos estadual e federal, e apontaram o setor leiteiro como a principal atividade econômica que mantém os produtores no campo. O prefeito de 15 de Novembro e representante da Famurs no evento, Clair Kuhn, falou da importância do leite e de sua expectativa de melhora na produção e nos incentivos. “Nossa cidade, assim como muitas outras pequenas cidades, sobrevive praticamente da produção leiteira, então nossa preocupação com a qualidade é constante. Os governos precisam auxiliar estes produtores, pois caso eles não consigam sobreviver teremos um problema social gravíssimo”, alertou Kuhn. 

Francisco Signor disse que o Ministério da Agricultura é parceiro dos produtores, mas comentou que “não podemos tapar o sol com peneira” e alertou para a baixa qualidade do leite no RS, e das fraudes existentes. “Ainda há muito para melhorar, e os bons produtores, os bons transportadores, as boas empresas, devem nos ajudar nesta melhoria constante e combater as fraudes. Só assim vamos melhorar a qualidade do leite e maximizar os ganhos em toda a cadeia produtiva”, ressaltou Signor, que completou: “Temos que evitar campanhas difamatórias contra a produção gaúcha, e isto só vai acontecer com a implementação da Normativa 51 em sua totalidade. Esta qualificação significa melhorias para o setor, que tem um grande potencial de crescimento”.