O “Diário Oficial” da União publica em sua edição desta quarta-feira (27) a exoneração do diretor-geral do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura em Transportes), Luiz Antônio Pagot, do diretor de Infraestrutura Rodoviária do órgão, Hideraldo Caron, e do diretor da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) Oscar Jucá Neto, irmão do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR).

Pagot pediu demissão do cargo na segunda-feira (25). Segundo nota do Ministério dos Transportes, ele cancelou suas férias, que iriam até o dia 4 de agosto, e solicitou à presidente Dilma Rousseff sua exoneração.  Jucá Neto pediu para deixar o governo após denúncias de que teria liberado irregularmente um pagamento de R$ 8 milhões. O pagamento foi feito para a empresa de armazenagem Renascença. Segundo reportagem da revista “Veja”, para o pagamento, foi preciso usar um fundo exclusivo para compra de alimentos.

O uso do dinheiro ocorreu, segundo a revista, sem o conhecimento da presidência da Conab e do ministro da Agricultura, Wagner Rossi. O texto da revista diz também que a Renascença está em nome de dois laranjas.

MINISTÉRIO

O Ministério dos Transportes é alvo de suspeitas de corrupção após reportagem da revista “Veja”, no dia 2 de julho, revelar um suposto esquema de pagamento de propinas em obras federais da pasta. Ao todo, já somam 18 as demissões por causa das denúncias de superfaturamento e pagamento de propina envolvendo o ministério, a Valec e o Dnit, incluindo o ex-ministro Alfredo Nascimento (PR-AM).

O governo ainda não apresentou os substitutos para os diretores. A restruturação dos órgãos estão sendo negociada pela presidente Dilma Rousseff e o ministro Paulo Sérgio Passos, que assumiu no lugar de Nascimento. Fonte: Folha SP