A Secretaria de Minas e Energia (SME) realizou na manhã desta segunda-feira (01), em Uruguaiana, a segunda reunião regional de definição das prioridades a serem incluídas no Plano Energético do RS, que está sendo organizado pela SME. O encontro ocorreu no auditório da Secretaria Municipal da Fazenda.

O secretário de Minas e Energia, Lucas Redecker, iniciou o seu pronunciamento dizendo que o Plano Energético é de interesse regional, uma vez que a Fronteira Oeste tem grande potencial para a exploração da energia eólica. De acordo com Redecker, o RS consome em torno de 6,6 GW de energia nos picos de consumo, sendo que sozinha, a Fronteira Oeste pode produzir mais de 7,2 GW de energia. “Esse é um potencial que precisa ser transformado em desenvolvimento, aliado a um planejamento do futuro e para que tenhamos energia de qualidade nas cidades”, destacou Redecker.

O prefeito de Uruguaiana, Luiz Augusto Schneider, afirmou que o desafio do município reside em conseguir um abastecimento continuado e ordenado de gás e pediu o apoio do secretário Redecker para por fim ao impasse envolvendo a termoelétrica da AES Sul, instalada na cidade e que atualmente funciona apenas durante alguns meses, sempre nos períodos de picos de consumo de energia. Já o prefeito de Itaqui, Gil Marques Filho, pediu que o seu município não seja esquecido quando a região receber investimentos em energia eólica.

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O representante da Unipampa, José Wagner Maciel Koehler, afirmou que é preciso olhar o potencial de geração de energia da região dentro de um contexto amplo e que beneficie, principalmente, o agronegócio. Ele colocou o trabalho da universidade à disposição para unir esforços com a Secretaria de Minas e Energia e afirmou que está sendo preparado um levantamento das barragens disponíveis na região e com potencial para a geração de energia.

O empresário Ornélio Pileco disse que a sua empresa possui uma usina de biomassa, movida a casca de arroz, que produz energia suficiente para atender um município de 30 mil habitantes e sugeriu compensações ou isenções de impostos para quem gera energia, a exemplo do que ocorre em outros países.

Já o presidente do Corede, Hildebrando Santos, afirmou que junto com o potencial eólico a região também tem grande potencial para produção de energia solar. “Temos uma excelente incidência de sol e, consequentemente, temos que trabalhar para o recebimento de investimentos, para que a comunidade regional tenha uma energia mais barata e confiável de um modo em geral”, afirmou.

Ficou estabelecido no encontro que os municípios terão um prazo de 20 dias para enviar as sugestões por escrito para a Secretaria de Minas e Energia. As informações serão posteriormente compiladas e incluídas no Plano Energético, cujo lançamento deverá ocorrer nos primeiros meses de 2016.

Saiba mais sobre Plano Energético do RS

O Plano Energético do RS é um estudo que vai projetar a demanda de energia e os gargalos que precisam ser enfrentados para que tenhamos um abastecimento continuado e de qualidade ao longo da próxima década. Mais do que isso, vai deixar claro onde está o potencial para a geração de energia no Rio Grande do Sul e quais os energéticos que podem ser melhor explorados. Esse trabalho é pioneiro no Rio Grande do Sul e mais do que apontar as demandas, vai elencar as ações necessárias para um setor energético forte e preparado para atender as necessidades da sociedade.