A segunda fase do Projeto Carboquímico Integrado no Estado foi concluída nesta quinta-feira (16) com a apresentação, na Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul, de um estudo mostrando a viabilidade para a implantação de um complexo voltado ao setor em território gaúcho. Em dezembro do ano passado a FIERGS, o Sindicato Nacional da Indústria de Extração de Carvão (Sniec) e o governo do Estado assinaram um termo de cooperação técnica para o projeto.

O presidente do Sniec, César Weinschenck de Faria, disse que o estudo realizado por uma empresa de consultoria mostra a viabilidade e a conveniência da implantação do projeto no Rio Grande do Sul, que detém 90% das reservas nacionais de carvão e é um grande fator de competitividade para o Estado.

“A viabilidade econômica existe, o carvão é uma riqueza abundante no Estado”, destacou o presidente da FIERGS, Heitor José Müller, lembrando ainda que a tecnologia atual permite a extração e exploração do mineral sem danos ambientais.

“O Rio Grande do Sul precisa se posicionar a favor do carvão. Esse governo vem fazendo isso desde o início e mesmo assim estamos atrasados em relação a outros países. O carvão está parado, enquanto poderia estar gerando valor para o Rio Grande”, afirmou o deputado estadual e ex-secretário de Minas e Energia, Lucas Redecker. Ele voltou a defender que o carvão mineral não é o vilão do meio ambiente, pois as novas tecnologias não agridem o meio ambiente e enfatizou que o RS é essencialmente agrícola, podendo se beneficiar com a produção em próprio solo gaúcho de insumos agrícolas, hoje, na sua maioria importados.

Também participou do encontro o secretário de Minas e Energia interino, Artur Lemos Júnior.

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O carvão mineral é responsável por apenas 3,5% da atual matriz energética do País. Mas as opções por sua utilização vão além das usinas termelétricas e da produção de energia. Pode ser usado também como alternativa na produção química em substituição a produtos advindos do petróleo. Esta aplicação é a mais sustentável para o uso do carvão, pois ao invés de gerar CO2, o carbono e o enxofre entram como matéria-prima para a produção de fertilizantes, gás natural, metanol, etc.

Informações técnicas previamente já verificadas em estudos do SNIEC indicam que os investimentos para a implantação do complexo industrial carboquímico podem chegar a US$ 5 bilhões, contemplando tanto a geração de energia quanto os componentes para atividades químicas. Outra perspectiva importante para a economia do Estado é que este complexo pode gerar mais de 2 mil empregos diretos na operação por mais de 30 anos.

* Com apoio da comunicação da Fiergs

* foto: Dudu Leal