O PSDB de São Borja promoveu encontro na noite de quinta-feira (15), que reuniu municípios de diversas partes da Fronteira Oeste. O encontro contou com a presença do deputado estadual Lucas Redecker e do presidente estadual do PSDB e pré-candidato ao Palácio Piratini, Eduardo Leite.

Redecker falou do momento difícil que o Rio Grande do Sul atravessa, com deterioração dos serviços públicos, parcelamento de salários e a necessidade de que os gaúchos elejam nas próximas eleições um governante que diga claramente o que vai fazer para sanar os problemas. “Nós fomos sucateados no último governo. O Rio Grande do Sul paga hoje cerca de R$ 1 bilhão de juros por conta dos reiterados saques dos depósitos judiciais, mas não adianta ficar chorando as mágoas e dizer que não tem dinheiro. Precisamos de um governador que nos mostre claramente o caminho para onde queremos chegar”, afirmou.

Para o deputado, o cidadão dever exercer o seu direito de fiscalizar em quem votou. “Independentemente de quem for, é importante que as pessoas acompanhem o desempenho e o trabalho de quem ajudaram a eleger e, principalmente, cobrem resultados”, afirmou o deputado.

O presidente do PSDB, Eduardo Leite, frisou a importância de “aproveitar as eleições para validar uma agenda de restruturação para a partir de 1º de janeiro iniciar um governo com foco”. Conforme ele, os seis primeiros meses de gestão são fundamentais e é preciso que já haja um projeto claro que possa ser imediatamente colocado em prática. Ele falou sobre aquele que será o foco de sua gestão: segurança pública, saúde e educação, destacando que é preciso alcançar qualidade à população nestes serviços. Para isso, o Estado deverá dizer ‘não’ a outros setores, apostando as parcerias público-privadas.

“Por que vamos operar serviços que podemos somente regular e fiscalizar. Se há instituições privadas com competência técnica e interesse em operar esses serviços, a gente diz como deve ser feito e fiscaliza. Assim, recuperamos a capacidade de investir em saúde, em educação e em segurança pública”, explica. Conforme ele, trata-se de escolher prioridades. Outro ponto primordial, segundo ele, é retomar a capacidade de competitividade do Rio Grande do Sul, tornando-o um estado interessante para investimentos.

Para ele, o desenvolvimento econômico se dá a partir de três ações: redução da carga tributária, redução da burocracia e investimento em infraestrutura. “Leva uma eternidade para se conseguir, por exemplo, um licenciamento ambiental, é preciso desburocratizar. A questão da carga tributária torna o Rio Grande do Sul hostil para novos investimentos e precisamos mudar isso. É claro que é difícil e é preciso inicialmente enxugar a máquina para não colapsar os serviços básicos, mas é necessário. E é preciso ainda investir em infraestrutura rodoviária, ferroviária, portuária. Logística
é fundamental para posicionar o Rio Grande do Sul na condição de competitividade”, conclui.