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Com a intenção de discutir os problemas nas escolas estaduais do Vale dos Sinos, foi realizada na quinta-feira, 11, audiência pública na Câmara de Vereadores de Campo Bom. O deputado estadual Lucas Redecker, que é presidente da CPI da Energia Elétrica na AL, participou da reunião.

Com cerca de 900 alunos, a Escola Estadual de Ensino Médio La Salle, de Campo Bom, ficou mais de 18 dias sem aulas este ano devido à problemas de energia elétrica. O colégio, que possui salas com split e TV e um laboratório de informática com 40 computadores novos, chegou a ser interditado pelos bombeiros. De acordo com Redecker, faltam condições para os alunos estudarem. “Recebemos, através da CPI da Energia Elétrica, um grupo de alunos e professores, que nos relataram os problemas que vem enfrentando. O Estado gastou R$ 397 mil em uma obra que não resolveu o problema”. O parlamentar informou que enviou ofício ao procurador-geral de Justiça, Eduardo de Lima Veiga, denunciando indícios de superfaturamento e má qualidade nos serviços prestados.

Com relação às condições das escolas de Novo Hamburgo, Redecker citou o caso da Alberto Pasqualini, que assim como tantas outras, vem sofrendo com a falta de investimentos. “A função da escola não é só educar, mas também preparar o jovem para o futuro. A Alberto Pasqualini vem sendo depreciada há anos. É um problema que vem se arrastando por sucessivos governos”, lamenta.

Comunidade se manifesta

Lideranças locais, professores, alunos e pais ocuparam a tribuna da Câmara para expressar a preocupação quanto aos problemas que estão ocorrendo na região. Marcos Rogério Bohrer, do CPM da escola La Salle, utilizou a tribuna para falar sobre os problemas que a escola vem enfrentando. No desabafo, comentou a reunião na CPI da Energia Elétrica. “É inadmissível que uma escola como a La Salle fique três semanas sem energia elétrica. As nossas crianças não podem ficar três semanas sem aula”, disse.

A diretora da escola estadual João Gräwer Filho, de Dois Irmãos, Eunice Irber Kretschmer Walcher, disse que esperam desde 2004 a aplicação de um recurso destinado através da Consulta Popular. “Estamos com uma ala inteira interditada desde maio de 2012. Está muito difícil trabalhar. As nossas crianças e adolescentes merecem um espaço adequado e digno para podermos desenvolver uma educação adequada. Precisamos que o Estado cumpra sua parte”, desabafa.