O Comitê de Planejamento de Mineração do Rio Grande do Sul (Comergs), vinculado à Secretaria Estadual de Minas e Energia, realizou a sua primeira reunião do ano nesta quarta-feira (24). O presidente da Famurs, Luiz Carlos Folador, e o presidente da frente Parlamentar do Carvão na Assembleia Legislativa, deputado Catarina Paladini, também participaram do encontro.

Entre as definições, foi confirmada a criação de oito subcomitês temáticos: recursos energéticos, agregados construção civil, indústria cerâmica, insumos agrícolas, rochas ornamentais, águas minerais, gemas e minerais metálicos. Pouco antes, ocorreu a apresentação institucional do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM).

De acordo com o secretário de Minas e Energia, Lucas Redecker, o setor de mineração, até recentemente, estava desamparado, o que começou a mudar com a criação da secretaria e, consequentemente, com o Comergs. O secretário ainda acatou a sugestão de convidar o Ministério Público para participar periodicamente das reuniões, convite este que será formalizado no começo do mês de março. Já o diretor de Inovação e Fontes Alternativas, Carlos Augusto Almeida, acredita que o trabalho dos subcomitês será a base para a elaboração do Plano Estadual de Mineração.

O presidente da Famurs, Luiz Carlos Folador, destacou o papel do setor de mineração para o desenvolvimento do Rio Grande do Sul. “É a iniciativa privada que alavanca o progresso do Rio Grande do Sul e o setor da mineração, em especial, é muito importante do ponto de vista da economia local e da geração emprego”, afirmou. Ele ainda defendeu a produção de carvão mineral no município de Candiota, onde é prefeito, e que detém cerca de 60% das reservas de carvão do país em seu território.

Já o presidente da Frente Parlamentar do Carvão, deputado Catarina Paladini, vê o papel do Comergs como de fundamental importância, “pois ele organiza e reúne na mesma mesa as partes interessadas e que vivenciam o dia a dia do setor”. Ele lembrou a tragédia ocorrida em Mariana e a preocupação que isso gerou dentro do Parlamento. Disse que a realidade do Rio Grande do Sul é diferente e “temos particularidades bem específicas que podem ser exploradas com Arranjos Produtivos Locais (APLs), sendo a mineração um deles”.

O representante da Secretaria do Meio Ambiente, Rafael Volquind, ainda sugeriu a participação da Sema em todos os subcomitês, tendo em vista a organização do zoneamento ambiental, que está em andamento, enquanto o representante do Sindibritas, Sandro Alex de Almeida, afirmou que “se continuarmos assim, vamos longe. O setor de mineração é um gigante adormecido no país e precisamos que fomentem ele, que, por sua vez, pode ajudar a dar folego ao caixa do estado”.

Participaram do encontro também representantes da Agabritas, ARO Mineração. Cientec, Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), Companhia Riograndense de Mineração (CRM), empresas Equilibrium X e Privatto, Secretaria-Geral de Governo, Secretaria do Planejamento, Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Secretaria de Obras Públicas, Sindibritas, Sindiareia e Smarja.