O SR. LUCAS REDECKER (PSDB) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados:

Saúdo o patrono do Esporte Clube Novo Hamburgo, Sr. Reinaldo Reisswitz; o representante da Câmara Municipal de Novo Hamburgo, vereador Ricardo Ritter; os integrantes da Diretoria do Esporte Clube Novo Hamburgo: o vice-presidente de Administração, Sr. Fábio Gomes; o vice-presidente de Marketing, Sr. Julio Cesar Prusch; o vice-presidente jurídico, Dr. Jurandir Moraes; o representante da Prefeitura de Novo Hamburgo e diretor de Desporto, Sr. Geraldo dos Santos; os ex-presidentes do Esporte Clube Novo Hamburgo: Sr. Marcos Fehse, Sr. Rodrigo Kauer de Barros e Sr. Bruno Fehse; o representante da FCDL, Sr. Remi Carasai; o representante da CDL/Novo Hamburgo, Sr. Remídio Klein; os atletas da equipe juvenil do Esporte Clube Novo Hamburgo que prestigiam este grande expediente e demais membros do clube; as senhoras e os senhores presentes.

Em 1º de maio de 1911, um grupo de funcionários da extinta fábrica de calçados Adams, situada no Município de São Leopoldo, fundou o Sport Club Novo Hamburgo.

Sempre no Dia do Trabalhador, o empresário Pedro Adams Filho promovia um churrasco de confraternização entre os funcionários e a diretoria, e, no final, uma partida de futebol encerrava as comemorações.

Naquela época, o futebol começava a liderar a preferência nacional, e dezenas de clubes se formaram em todo o Brasil.

Na mesma noite daquele ano, o grupo, tendo à frente Manoel Lopes Martos, João Scherer, Aloys Auschild, Manoel Outeiro, João Tamujo e Adão Steigleder, descendentes alemães da cidade de Hamburgo, decidiu-se pela criação da nova agremiação. A primeira partida veio dias depois contra a equipe do Nacional, de São Leopoldo. Na ocasião, o Anilado acabou derrotado por 3 a 0.

Por muito pouco, o clube não se chamou Adams Futebol Clube. O nome Sport Club Novo Hamburgo foi uma homenagem ao então Distrito de Novo Hamburgo, pertencente ao Município de São Leopoldo e que já mostrava potencial através da sua indústria.

O clube, assim como o Município de Novo Hamburgo, nasceu da perseverança e da força dos imigrantes alemães que, a partir de 1824, fixaram raízes naquela região, então conhecida como Hamburger Berg. Ali nascia o clube que agora completa 100 anos, no mesmo distrito onde foram lançadas as primeiras sementes do Município de Novo Hamburgo, que levaria mais 16 anos após a criação do clube para se emancipar.

A perseverança da comunidade e a dedicação da direção foram decisivas para a sobrevivência do clube em plena Segunda Guerra Mundial. Os tempos eram difíceis por volta de 1944 em função da campanha deflagrada pela nacionalização, o que obrigou o clube a mudar o seu nome para Esporte Clube Floriano.

Durante curto período, a própria cidade de Novo Hamburgo passou a se chamar Marechal Floriano Peixoto. Vinte e quatro anos depois, em 1968, o Conselho Deliberativo do clube voltou a mudar o nome, que passou a ser Esporte Clube Novo Hamburgo, como é até hoje.

Nesses 100 anos de história, o clube teve basicamente três grandes rivais, um em cada década.

O primeiro deles e provavelmente o maior foi o Futebol Clube Esperança, fundado em 1914. Durante muitos anos, a rivalidade conseguiu dividir até mesmo o Município. Foi por essa época que o clube adotou o azul anilado e branco para os uniformes dos jogadores, em oposição ao verde e branco do Esperança. Torcedores e dirigentes que viveram esse período do futebol gaúcho relatam grandes batalhas realizadas entre alviverdes e alviazuis.

O Flor-Esp, como era chamado o clássico Floriano versus Esperança, mobilizava a cidade em suas tardes de domingo ou de qualquer outro dia em que ocorresse. Toda partida se tornava uma grande decisão capaz de fazer os jogos irem além de seus limites para não perderem para o adversário.

A rivalidade foi tanta que, pelo que se sabe, um dos prefeitos da época, Martins Avelino Santini, em uma última tentativa de unir os hamburguenses em torno de uma mesma bandeira, decidiu construir a sede da prefeitura justamente na divisa dos dois maiores bairros. Quem torcia para o Esperança morava em Hamburgo Velho, enquanto os torcedores do Floriano residiam próximo ao centro.

No passado, entretanto, a política não conseguiu alterar a ordem dos fatos. Rapazes torcedores do Floriano eram impedidos de namorar garotas do Esperança e vice-versa. Casar, então, nem pensar!

Alguns outros eventos foram marcantes na história do clube, como a construção, em terras localizadas no Vila Rosa, da sede do clube, logo batizada de Estádio Santa Rosa em referência ao bairro que estava recebendo o Anilado. A área de terras custou 1 mil e 250 cruzeiros, de acordo com o tesoureiro da época, hoje patrono do clube, Reinaldo Reisswitz, aqui presente. Com a venda dos taquarais, onde o Noia permaneceria até quase a metade da década de 50, o novo estádio foi pago e ganhou o muro que o cercaria. Sua capacidade era para 17 mil pessoas, e foi erguido pelo esforço comunitário, sendo inaugurado em 1953.

Poucos anos depois, em 1961, o clube viveu um dos momentos mais marcantes da sua história ao enfrentar a seleção do Uruguai em duas brilhantes partidas. Com uma grande equipe, o Anilado perdeu a primeira partida por 1 a 0 e, na segunda, empatou em 1 a 1, com o gol de Raimundo para o Novo Hamburgo.

Mas foi em 1969 que a torcida foi à loucura, quando o lendário ponteiro-direito do futebol brasileiro e mundial Garrincha vestiu a camisa do Noia. Ele teve uma rápida passagem pelo clube na noite do dia 2 de julho, quando vestiu a camisa 7 numa partida contra o Internacional no Estádio Beira-Rio e que resultou em 3 a 1 para o time colorado. Antes da partida, Garrincha fez um treino no Santa Rosa, quando conheceu um pouco do clube e o grupo de jogadores.

Esse período, aliás, também é muito lembrado pelos fatos pitorescos que ocorreram na época, como o nascimento do filho do jogador Manoel, o Maicon, que teve o cordão umbilical enterrado no centro do gramado do Santa Rosa, em 1981. Coincidência ou não, Maicon é hoje lateral do Internazionale de Milão e lateral da Seleção Brasileira.

O clube também pode ser considerado celeiro de grandes craques, tendo em vista que depois de terem passado pelo Novo Hamburgo alçaram voo para clubes maiores. É o caso do renomado técnico Otto Pedro Bumbel, que treinou o Real Madrid da Espanha; o ponteiro-esquerdo Raul Klein, que foi convocado para a Seleção Brasileira; o goleiro Paulinho, que foi Campeão do Pan-americano, em 1956, pela Seleção Brasileira no México; o meia-esquerda Jéferson, que foi vendido para o Botafogo em 1986; o ponteiro-esquerdo Daniel, que foi vendido para o Corinthians em 1987; entre tantos outros.

Enquanto estrelas do futebol passavam com cada vez mais frequência pelo clube, na retaguarda, uma grande mobilização da direção e da comunidade acontecia para que o Santa Rosa fosse inaugurado. As obras atravessaram várias décadas até que, em 1976, foram inaugurados os refletores, durante a gestão de Ingo Floriano Fischer. Depois, no fim dos anos 90, um colegiado de conselheiros que administrava o clube, formado por pessoas da comunidade, realizou importantes melhorias no Santa Rosa, como a reformulação dos vestiários, pavilhão social, gramado, entre outros. Tudo para deixar a casa novamente bonita e apresentável no ano em que o Esporte Clube Novo Hamburgo garantiu sua volta ao convívio dos grandes do futebol gaúcho.

Mas foi após a administração de Rosalvo Johann que o Esporte Clube Novo Hamburgo tornou-se um dos poucos clubes do Rio Grande do Sul a ter as finanças saneadas e em dia. Isso se deve em parte à decisão tomada em 2001 de vender o Estádio Santa Rosa.

Nada surpreendente para o grande clube que é, Novo Hamburgo deu a volta por cima e hoje novamente colhe como louros não apenas as participações em certames nacionais, mas também títulos, como a conquista da Copa Emídio Perondi em 2005.

Com a venda do Estádio Santa Rosa, o Novo Hamburgo construiu sua nova casa. Localizado num terreno de 5 hectares no Bairro Liberdade, o estádio do Anilado começou a ser erguido em janeiro de 2006, durante a administração de Bruno Fehse, sendo inaugurado em 17 de agosto de 2008.

A nova sede do Novo Hamburgo teve seu nome escolhido pelos torcedores, e o vencedor foi Estádio do Vale. Atualmente, a estrutura física do clube conta com uma arquibancada social com capacidade para 5.500 pessoas e uma arquibancada para a torcida visitante com 1.500 lugares. O estádio também possui bares, banheiros, vestiários, salas de musculação, salas para imprensa e Brigada Militar e estacionamento para 400 carros.

A direção do clube também tem focado a comunicação no seu público, razão pela qual criou a TV Anilada na Internet, prática ainda hoje restrita apenas aos grandes clubes de futebol do País. Essa medida está permitindo que o clube se aproxime ainda mais do torcedor, junto com outras ações de comunicação, que incluem um site reformulado, presença nas redes sociais e uma estrutura forte de comunicação social.

O clube vive hoje um momento de reestruturação e fortalecimento. O atual presidente, Carlos Duarte, reeleito em 2010, tem trabalhado pelo desenvolvimento do Novo Hamburgo, buscando priorizar uma gestão empresarial e a valorização do torcedor anilado. Entre os principais projetos desta gestão estão os investimentos na área de comunicação e também o trabalho forte com as categorias de base, o que dará suporte para os demais projetos do clube.

As categorias de base do Anilado também merecem destaque. A Escolinha Anilada mantém hoje nada menos do que 400 atletas em formação, o que vem permitindo ao clube acumular conquistas com a garotada nos últimos anos: Sub-10, Tricampeão Encosta da Serra, em 2007, 2009 e 2010; Sub-11, Vice-Campeão Gaúcho, em 2008; Sub-14, Vice-Campeão Gaúcho, em 2010; Campeão da Copa Adidas, em 2010; e Campeão da Taça Saudades, em 2009, e tantos outros.

Este mês de abril, aliás, é o mês da retomada da equipe juvenil. Sob o comando do coordenador Glauco Moraes, a garotada do Novo Hamburgo rompeu as barreiras do território brasileiro e, pela primeira vez na história do clube, uma equipe das categorias de base viajou para o Uruguai, onde o plantel juvenil participou da Punta Cup, em Punta del Este.

Já na categoria profissional, o futebol do Novo Hamburgo também vem se consolidando no cenário regional. Em 2010, o Anilado foi Vice-Campeão da Taça Fernando Carvalho. Esse é mais um troféu para a galeria de títulos do clube, que, entre outros, tem a marca invejável de mais de duas dezenas de títulos de Campeão Citadino acumulados ao longo desse um século de história. Fazem parte dessa coleção títulos como o de campeão do interior do Estado nos anos de 1978, 1979 e 1981; Campeão do Quadrangular de 1942, reunindo Grêmio, Internacional, Pelotas e Novo Hamburgo; Campeão Gaúcho da Segunda Divisão em 1996; Campeão Gaúcho da Divisão de Acesso – Série B em 2000; Vice-Campeão Gaúcho da Divisão de Acesso – Série B em 2003; Campeão da Copa RS em 2005; e Campeão da Copa Emídio Perondi em 2005, entre muitos outros.

Quem gosta de futebol sabe que algumas partidas têm gosto de final de campeonato, seja pelo adversário que enfrentam, seja pelo momento que vivem dentro de um campeonato específico. A história do Novo Hamburgo é recheada desses momentos inesquecíveis. Foi assim em 1985, durante o Gaúchão, quando o Novo Hamburgo venceu o Inter no Beira-Rio por 1 a 0 e o Grêmio no Estádio Santa Rosa por 3 a 0 e manteve uma série invicta de 16 jogos no Gauchão, sob o comando do treinador Vacaria.

Assim como houve títulos e partidas inesquecíveis, os protagonistas desses momentos gloriosos também não devem ser esquecidos. Marcaram época no Novo Hamburgo técnicos como Otto Pedro Bumbel, Luiz Engelke, Carlos Fronner, Sérgio Moacir Torres, Ênio Andrade, Marco Eugênio, Vacaria e o meu colega Cassiá.

Os torcedores mais antigos certamente irão lembrar de nomes como o do goleiro Periquito, do meio-campista Mugica, do zagueiro Ingo, do lateral Crespo, do volante Ica, do meia-esquerda Xameguinha. Para os mais jovens, nomes de atletas como Palmito, Rached, Robson, Helenilton, Marquinhos – atual treinador de goleiros do Internacional –, Guinga, Müller, entre tantos outros, ficarão gravados na memória, pelas alegrias que trouxeram e pelo talento que emprestaram ao clube para a construção dessa trajetória vencedora.

O Sr. João Fischer (PP) – V. Exa. permite um aparte? (assentimento do orador)

Saúdo o deputado Lucas Redecker; o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Adão Villaverde; o patrono do Esporte Clube Novo Hamburgo, Reinaldo Reisswitz; o representante da Câmara Municipal de Novo Hamburgo, vereador Ricardo Ritter; os integrantes da diretoria do Esporte Clube Novo Hamburgo – o vice-presidente de Administração, Sr. Fábio Gomes, o vice-presidente de Marketing, Sr. Julio Cesar Prusch, e o vice-presidente jurídico, Sr. Jurandir Moraes; o representante da prefeitura de Novo Hamburgo, diretor de Desporto, Sr. Geraldo dos Santos; os demais convidados e homenageados.

Todos os presentes aqui, do mais novo ao mais experiente, conhecem a história do Esporte Clube Novo Hamburgo. A história não pode ser apagada, principalmente quando completa um século.

Cem anos é algo que deve ser muito comemorado. Poucos clubes no Rio Grande do Sul, além de Grêmio e Internacional, têm essa idade, tem esse tempo de sociedade permanente, pois os clubes começavam como sociedades esportivas.

Como expôs muito bem o deputado Lucas Redecker, havia rivalidade entre o Novo Hamburgo e o Esperança, que eram clubes de dois bairros. Portanto, o bairrismo no futebol sempre foi muito forte.

Sempre que se encontravam colegas de outras sociedades esportivas expressava-se a rivalidade por meio de brincadeiras. Existia também um charme especial, o que hoje infelizmente não existe mais no futebol. Chegava-se três ou quatro horas antes no estádio para conversar, tomar uma cerveja – infelizmente tiramos essa oportunidade –, trocar ideias sobre política, comunidades religiosas e sobre os jovens que estavam jogando futebol.

Quero aqui citar alguns jogadores do Novo Hamburgo, com quem convivemos por um bom tempo e que são bem mais velhos – mas temos de aprender também com aqueles que têm mais experiência: o Sapiranga, chamado de Diabo Loiro, que jogou no Internacional e também no Floriano, o Xameguinha e o Borjão, que são colegas amigos. Eram grandes jogadores e não jogaram apenas no Novo Hamburgo. Eram queridos por toda a região porque eram jogadores do Floriano, e muitos torcedores não eram de Novo Hamburgo, mas da região, pois pessoas de toda a região iam assistir aos jogos do Novo Hamburgo.

Parabéns a V. Exa. por esta homenagem. Temos que lutar para preservar essas nossas sociedades esportivas. Falo em nome da bancada do Partido Progressista e do PRB, designado pelo deputado Carlos Gomes.

O Sr. Luis Lauermann (PT) – V. Exa. permite um aparte? (assentimento do orador)

Parabenizo-o, deputado, por esta merecida e justa homenagem ao nosso Esporte Clube Novo Hamburgo.

Cumprimento o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Adão Villaverde; o Ica, que representa aqui a Câmara de Vereadores de Novo Hamburgo; o nosso patrono, Sr. Reinaldo Reisswitz; a direção: o vice-presidente Fábio Gomes, o Julio Cesar Prush e o Jurandir Moraes; e o Geraldão, que representa aqui a prefeitura de Novo Hamburgo.

Desejo saudar também o Remídio Klein, o Remi Carasai e a todos os nossos atletas que hoje são as promessas do nosso time e o motivo das nossas idas ao estádio para torcer e participar.

De fato, 100 anos é uma significativa data. Completar 100 anos demonstra que há trabalho, dedicação, paixão e amor por parte de toda a comunidade que construiu esse grande time.

Com o Esporte Clube Novo Hamburgo sempre tivemos espaço de lazer, de encontro e de comunhão da comunidade, e é isso que o torna tão importante do ponto de vista do sentimento de cada cidadão e cidadã de Novo Hamburgo e da região. O clube sempre teve a capacidade de atrair – como disse o deputado Fixinha – as cidades e comunidades vizinhas.

O Esporte Clube Novo Hamburgo, juntamente com a prefeitura, mobiliza hoje toda a comunidade para ser uma das subsedes da Copa do Mundo. Trabalharemos muito para essa importante conquista para o clube, para a cidade e para a comunidade.

Dou os parabéns e louvo a todos os que já foram da diretoria – presidentes, vice-presidentes, integrantes do Conselho Fiscal – e a todos os que fazem parte da diretoria atual pela dedicação, pelo trabalho e, acima de tudo, por construírem, com o Esporte Clube Novo Hamburgo, um espaço de encontro, de comunhão, de afirmação da nossa comunidade e, acima de tudo, de espraiamento da alegria.

Longa vida ao Esporte Clube Novo Hamburgo.

Parabéns pela iniciativa, deputado Lucas Redecker.

O Sr. Cassiá Carpes (PTB) – V. Exa. permite um aparte? (assentimento do orador)

Saúdo o presidente Adão Villaverde; o patrono do Esporte Clube Novo Hamburgo, Reinaldo Reisswitz. Que saudades daquele tempo em que o senhor acompanhava religiosamente, como até hoje faz – porque o futebol é uma religião –, esse clube que viu nascer e que sempre amparou.

Saúdo o representante da Câmara de Vereadores de Novo Hamburgo, Sr. Ricardo Ritter; os integrantes da diretoria do Esporte Clube Novo Hamburgo: o vice-presidente de Administração, Fábio Gomes; o vice-presidente de Marketing, Julio Cesar Prusch; e o vice-presidente jurídico, Dr. Jurandir Moraes; o representante da prefeitura de Novo Hamburgo, diretor de Desporto, Geraldo dos Santos. Por sinal, tenho uma grande lembrança do Geraldo, que era diretor do clube na nossa época e era da imprensa. Ele escrevia a coluna, mas passava o dia lá conosco.

Cumprimento o proponente deste grande expediente, colega deputado Lucas Redecker; as Sras. e os Srs. Parlamentares desta Casa, os representantes da imprensa; as senhoras e os senhores.

Quando adentrei no plenário, o deputado Frederico Antunes disse: Não vai dizer que tu jogaste no Novo Hamburgo também! Respondi que não só joguei como fui seu treinador. Fui atleta na Taça de Prata, que era, como se fosse hoje, a Série B do Campeonato Brasileiro. Havia a Taça de Ouro, a Taça de Prata e a Taça de Bronze. Depois comecei a minha carreira como técnico quando o Novo Hamburgo estava quase caindo no Octogonal da Morte. Não foi fácil, porque no outro lado havia o Aimoré, com o Chiquinho, o Ernesto, o Marcos Eugênio, aquela gama de grandes treinadores do futebol gaúcho do interior. E o Vacaria no Lajeadense. Salvamos o Novo Hamburgo naquele começo da minha carreira, o que foi muito gratificante para mim.

Portanto, guardarei com muito carinho a flâmula que recebi em comemoração aos 100 anos do clube. Não é sempre que se faz 100 anos. São poucos times que chegam lá.

Agora, com os aniversários do Novo Hamburgo e do Lajeadense, acredito, presidente Paulo Odone, que haja no máximo oito clubes com mais de 100 anos, embora haja uma gama enorme chegando a essa idade, como os times de Pelotas e de Rio Grande, e assim por diante.

O deputado Lucas Redecker fez um retrospecto da história do Novo Hamburgo, o qual tenho acompanhado. O clube sempre está, por mais que tenha dado uma parada no meio do caminho, entre os três ou quatro de maior pontuação no ranking do futebol gaúcho, pela sua grandiosidade, desde o anterior ao Novo Hamburgo, o Esporte Clube Floriano, de Novo Hamburgo. Portanto, fez grandes atletas e tem um quadro excelente.

Em nome do meu partido, saúdo essa garotada, agora protegida mais ainda pela Lei Pelé, que espichou o prazo e deu uma tranquilidade aos clubes para que possam revelar grandes valores.

Parabéns, gurizada, um abraço e sucesso a todo o Novo Hamburgo, à diretoria, aos dirigentes. Saúdo o Bruno e sua mãe. Naquela época ele era pequenininho – vamos ficando velhos mesmo, deputado Paulo Odone – e entrava em campo conosco lá. Portanto, um abraço a todos, a minha saudação e parabéns.

O Sr. Paulo Odone (PPS) – V. Exa. permite um aparte? (assentimento do orador)

Saúdo o presidente Adão Villaverde; o deputado Lucas Redecker, a quem cumprimento pela oportunidade de fazer uma homenagem ao seu, ao nosso Novo Hamburgo. O deputado Lucas Redecker é um torcedor do Novo Hamburgo e do Grêmio.

Saúdo o patrono do Esporte Clube Novo Hamburgo, Sr. Reinaldo Reisswitz – é um prazer recebê-lo nesta Casa; o vereador Ricardo Ritter; os integrantes da diretoria: o vice-presidente administrativo, Sr. Fábio Gomes; o vice-presidente de Marketing, Sr. Julio Cesar Prusch; o Dr. Jurandir Moraes; e o diretor de Desporto, Geraldo dos Santos, neste ato representando a Prefeitura de Novo Hamburgo.

Deputado Lucas Redecker, cumprimento V. Exa. pela iniciativa, porque fazer 100 anos não é para qualquer instituição, é preciso ter o respaldo da sua comunidade e representá-la. E nada mais identificado com a sociedade de Novo Hamburgo do que o nosso Novo Hamburgo, ou o antigofussball.

Como o Grêmio, o Novo Hamburgo foi fundado por alemães, com a imensa maioria de origem alemã. O nome teve de ser mudado por causa da Segunda Guerra Mundial. Houve uma verdadeira mudança em todos os nomes de empresas comerciais, associações civis e recreativas, principalmente em todo o Rio Grande do Sul, com a forte colônia alemã. O futebol começou com os alemães, em Novo Hamburgo, e o nosso Grêmio também. Os times evoluíram e hoje são clubes que têm a pluralidade da torcida.

Como presidente do Grêmio, tive o prazer de ir a Novo Hamburgo, num confronto pelo Gauchão, para comprar uma parada dura com aquele time, que jogou com muita raça, com tudo aquilo que dá paixão ao torcedor. Às vezes não é só a vitória que promove isso, mas a forma como o time se entrega. E o Novo Hamburgo fez isso.

O Esporte Clube Novo Hamburgo é uma instituição de 100 anos e – como mencionou aqui o deputado Cassiá Carpes – talvez o melhor clube no ranking do futebol gaúcho, tirando o Grêmio e o Internacional.

Quando eu era menino assistia ao Floriano. Lembro-me de um jogo entre o Grêmio e o Floriano que durou 111 minutos, porque não terminava o jogo enquanto o Grêmio não fizesse o seu gol. Eu tinha entre 8 e 12 anos de idade. O patrono deve lembrar-se desse jogo.

O Esporte Clube Novo Hamburgo é a verdadeira história do futebol gaúcho, principalmente se considerarmos a valentia do futebol do interior.

Deixo o meu abraço a todos os dirigentes, que são os que vivem apaixonados, e discordo um pouco do deputado Fixinha quando disse que não havia mais tempo de se bater papo antes do jogo. Estive lá e deu para bater papo sobre tudo antes do jogo entre o Grêmio e o Novo Hamburgo. Foi possível conversar sobre política, só não deu para tomar cerveja, porque vocês aprovaram uma lei proibindo a cerveja nos jogos de futebol.

Em Santa Cruz ou em Novo Hamburgo, a copa dava mais renda do que a bilheteria. Esses políticos acabaram com esse negócio, agora é proibido tomar cervejinha. Mas, depois do jogo, em Novo Hamburgo, há bons lugares para se tomar uma cerveja.

Vou levar esta flâmula para colocar no Memorial do Grêmio para deixar lá o testemunho dos 100 anos de uma equipe de âmbito menor do que o nosso, mas não menor na sua paixão, na sua grandeza e nas suas cores.

Parabéns a vocês! Parabéns, deputado Lucas Redecker, pela iniciativa. Vou levar esta flâmula para o nosso Grêmio e registrar que se deve à homenagem feita por V. Exa.

O Sr. Alexandre Postal (PMDB) – V. Exa. permite um aparte? (assentimento do orador)

Deputado Lucas Redecker, proponente deste grande expediente em homenagem aos 100 anos do Esporte Clube Novo Hamburgo, o Noia, faço este aparte em nome da bancada do PMDB.

Saúdo o nosso presidente Adão Villaverde; o Sr. Reinaldo Reisswitz e, ao saudá-lo, sintam-se todos homenageados: a direção do clube e a gurizada da categoria de base que se faz presente. Esse é o motivo pelo qual esse clube tem 100 anos de história. Time que não possui categoria de base é fadado a terminar. A expectativa de sonhar com grandes títulos passa necessariamente pelas categorias de base de um clube.

Aqui, já se manifestaram, em aparte, em homenagem ao Noia, o deputado Fixinha, que é da região, e um dos experts em futebol, nosso colega deputado Paulo Odone, que não está numa semana de grandes alegrias com o seu Grêmio.

Deputado Lucas Redecker, V. Exa. que é da região, esse clube confunde-se um pouco com a história do Município de Novo Hamburgo. Ele tem uma história, uma tradição que vem de longe.

Nesta semana, homenageamos, no grande expediente, os 100 anos do Clube Esportivo Lajeadense, cujo proponente foi o deputado Luis Fernando Schmidt. Digo isso porque tanto o Noia como o Lajeadense estão num momento diferente. São dois clubes que almejam formar grandes times para o futuro. Seus Municípios cresceram, e os times profissionalizaram-se com seus mecanismos de administração e gestão. Esse é o resultado que se vê.

Como colorado, não é um ano para ter tantas lembranças do Novo Hamburgo. A despeito disso, creio que – não entrando no mérito da venda ou não de cerveja – a proibição da bebida alcóolica fez com que as famílias voltassem aos estádios. Os pais, suas mulheres e as crianças voltaram a frequentar os estádios. Isso dá uma nova dinâmica ao futebol. Dá para beber antes de entrar no estádio e dá para beber quando sai do estádio, e, lá dentro, ninguém mais fica jogando copinho, saquinho das arquibancadas.

Deputado Lucas Redecker, em nome da bancada do PMDB, quero parabenizar V. Exa por trazer a esta Casa a homenagem a uma das referências do esporte no Rio Grande do Sul. O Novo Hamburgo é um time que vem, ao longo dos seus 100 anos de história, preparando-se para ser uma das grandes forças, como também vem fazendo o Lajeadense. Juntamente com as duplas Gre-Nal e Ca-Ju, são dois times que possuem uma perspectiva brilhante pela frente, justamente por aquilo que as suas diretorias e comunidades, unidas, organizaram e projetaram para que pudessem sonhar com títulos nos próximos anos.

Muito obrigado. Parabéns a toda a direção do Novo Hamburgo.

O SR. LUCAS REDECKER (PSDB) – Agradeço pelo aparte ao deputado Alexandre Postal e aos demais colegas.

Prezado presidente, deputados e convidados, poderíamos estender-nos muito mais falando no clube e nas lembranças que guardamos dos domingos em que vivíamos verdadeiras batalhas nos gramados de Novo Hamburgo, mas o tempo, infelizmente, é curto. Antes de finalizar, porém, gostaria de fazer uma referência às inúmeras lideranças que se dedicaram ao clube – muitos por décadas – e que merecem ser lembradas como parte do patrimônio histórico do Novo Hamburgo.

Destaco as seguintes lideranças: Reinaldo Reisswitz, atual patrono; Oscar Sperb; Divo Nilson Sperb; Adalberto Snel; Marcos Baltazar Fehse; Vinicius Seelig; Dorival Villanova; Zulfe Bernd; Romeu Machry; Rosalvo Johann; Antônio Salgado e o atual presidente, Carlos Duarte.

Na pessoa deles, cumprimento a todos os que dedicaram parte de sua vida ao clube e à construção de seu patrimônio e dessa trajetória de sucesso e vitórias, que certamente perdurará ainda por muitos e muitos anos.

Assim sendo, desejo vida longa ao Novo Hamburgo. Que venham os próximos 100 anos.

Parabéns a todos os que aqui se encontram, aos que vieram de Novo Hamburgo e aos que fazem parte da vida do Esporte Clube Novo Hamburgo. Muito obrigado. (Não revisado pelo orador.)